Livre de todo o cenário encantador, com vista a criar-se único e inteiro, percebe que a complexidade ambígua deixa de ser um fardo absconso. E neste impluso, nesta utopia, estamos no presente, sempre no presente, um presente eterno e sem repetição, estimulante.

adaptado de JOELLE GHAZARIAN
in Manifesto da SCUM de VALERIE SOLANAS, Fenda
"Tentei ligar-me ao vazio, mas não dá resultado. O vazio não corresponde"

A dura verdade de um dia metálico.

– Hoje?
– Não. Mais tarde.
– Como se o metal frio na pele não fosse suficiente, ainda me queres de dentes presos nele.
– Pois quero.

Pendura-me os medos também.
Eles que fiquem espalhados pela parede vermelha.


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Somewhere over

quando e sempre esperaremos aqui, junto a esta parede, todas as coisas que não podemos ser, enquanto formos apenas

Imagino-te ali, de pé na parede, braços atrás, a olhar para a direita longe e a balouçar ligeiramente o corpo.
A seguir imagino-me a mim também.